O meu Natal
Tirar férias no Natal é simplesmente fenomenal! Não há nada para fazer a não ser algumas tarefas obrigatórias...
1- Comer e beber até não poder mais – fazendo de quando em vez o que, de uma forma querida, gosto de chamar a “pausa para aliviar a tripa”.
2- Passar tempo com a família que é a parte mais emocionante pois reserva algumas surpresas empolgantes que passo a relatar:
Passar tempo com o pai:
Resumiu-se a acenar positivamente com a cabeça aos sons que ele emite e a tratar a arrastadeira como se fosse o grande amor da minha vida. Claro que no dia de Natal como era feriado, vi-me obrigado a colocar-lhe uma fralda que retirei 3 dias depois, quando finalmente a ressaca me passou.
Passar tempo com a mãe (aqui vem a parte ternurenta das férias):
A minha mãe tem um problema... grande ( Não. Não estou a falar de mim) estou a falar de uma doença que creio ser BSE que lhe provoca perdas de memória. Por causa deste pequeno problema, nunca se lembra onde põe o raio da dentadura! Então, na véspera de natal deixou a dita cremalheira postiça no sofá para se despir (sim nós passamos o natal todos nus! É para ficarmos parecidos com o menino Jesus)! Passados dez minutos sentou-se no sofá, mesmo em cima da dentadura! Foi tão giro. Para começar, confesso que foi a primeira vez que vi um olho do cu com dentes! E depois, passar a meia noite de alicate em punho a tentar arrancar a dentadura do buraco do rabo da minha mãe é uma visão que não vou esquecer tão cedo! Enfim (continuando), pelas 2 horas e 43 da manhã lá consegui tirar o artefacto mas isto só foi possível com a ajuda do Sr. João que mora lá no prédio e ia passar o Natal sozinho já que a esposa, Dona Ambrósia, tinha falecido de diarreia cerebral, e com o apoio moral da família Fonseca que estava em peso lá em casa. Família esta que é composta por 15 elementos masculinos, 18 femininos e 2 que ainda não sabem muito bem de que lado do campo jogam! Mesmo assim foi muito complicado, de tal forma que só conseguimos sacar o engenho porque a minha mãe espirrou 3 vezes e à terceira lá saiu a dentadura do rabo da respeitável senhora minha mãe! Esta mulher é um espanto ora vejam lá... A minha mãe sempre gostou de mostrar gratidão quando lhe faziam um favor, foi por isso que, mal a dentadura saiu de onde esteve alojada quase 3 horas, meteu-a no sítio onde pertence e foi abrir uma garrafa de espumante para comemorar o triunfo do homem sobre a dentadura. Digam lá que não vale a pena passar assim um Natal em família?
E assim se passou o tempo de férias! Agora estou de volta ao meu monte, às minhas ovelhas - por falar nisto nasceu um borrego ao qual chamei J.C., à minha APE 50 e à minha mulher Esgrablina que continua viva... Porra depois de umas férias destas tinha que haver uma notícia má para estragar os acontecimentos desta quadra natalícia.
sexta-feira, janeiro 02, 2004
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