quarta-feira, outubro 17, 2007

Recebemos. Ah mas tá mal!



Há alturas que nos queixamos de que não recebemos nada... Beja recebe agora em grande... Centenas de pessoas chegam à nossa cidade e são recebidas. Recebidas como a fornada anterior. Nem mais nem menos. Andam pintados, com a roupa interior do lado de fora, aos gritos, praguejando, vendo aqui e ali o acenar negativo das cabeças locais ou o sorriso aberto de quem entende o ritual da praxe e lhe acha graça. Não há meio termo nas opiniões sobre a praxe académica. Não se sabe muito bem o porquê do uso do traje mas não se gosta, acha-se mal! Mas lá que os recebemos lá isso recebemos! Até o príncipe cá veio. Ningúem o pintou nem lhe pediu que mostrasse a bom mostrar a sua roupa interior. Eu não vi mal nenhum na forma de receber o príncipe! Mesmo! Respeito as pessoas que recebem atendendo a regras protoculares instituidas há décadas... Por isso é que sou a favor da praxe como forma de receber! Eu não pinto os meus amigos quando os recebo em casa. Nem obedeço a regras protoculares do tipo "ah! e o Sr. Presidente fica do lado direito ou esquerdo do príncipe no almoço!?" Não recebo como acho que devo receber! E não fico ofendido se o meu vizinho do 2º direito receber os seus amigos de uma forma diferente daquela que acho normal... Ele está na casa dele e eu não me meto! Sou a favor da praxe! Recebemos como achamos que devemos receber! Porque ha-de o vizinho achar que está mal a forma como recebo? Pachorra de santo! Oh vizinho... meta-se na sua vida!

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