sábado, fevereiro 02, 2008




Tomou banho e apeteceu-lhe andar nua pela casa. O seu corpo transbordava sexualidade. Ainda com as goticulas de água a teimarem percorrer-lhe a pele criando caminhos que apenas elas sabiam onde culminariam. Tocaram à campainha. Devia ser um amigo que procuraria o seu ombro ou algo mais... Não lhe apeteceu abrir. Estava a tirar partido do facto de viver só e de poder fazer o que lhe apetece. Não lhe apeteceu ter companhia e assim ficou. Pegou no livro cartas de uma mãe, que andava a ler, e deixou-se estar. Adormeceu assim, nua, sentada no seu cadeirão de leitura, com o livro a repousar no peito. Sonhou com a mãe que não via há meses largos. Quando acordou... desejou ter aberto aquela porta ao amigo. Precisava de um abraço e não estava ninguém ali...

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