sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Menos olhos que barriga!

Para nos mantermos minimamente informados sobre o que se passa à nossa volta, temos, também, que inquietar a vista com o que a comunicação social escrita nos proporciona. Pena quando nesta mesma comunicação social, certos uns, nos deixam com uma imagem deturpada que adivinha-se, não tem origem alguma a não ser na ávida fome de corte, pelos vistos sem costura.
Os amigos, sempre me aconselharam a brincar, criticar, ou desdenhar de algo, mas com um saber o mais alargado possível da situação, já que de outra forma poderia correr certos riscos que eram efectivamente necessários e sabido é que, se os conselhos fossem bons não se davam vendiam-se mas não estou a ver um amigo a vender um conselho. Para mais os conselhos vendem-se. Ah pois! Tentem pedir aconselhamento a um advogado e vão ver o quanto pagam! Mas isto não vem ao caso! O que interessa é que a certos outros parece que, ou nunca lhe foi dado este conselho ou então foi mas acham que, como seres superiores que são, não mereceu a pena tomá-lo em linha de conta.
Segundo se sabe, certos “barriganas” por serem bons ou maus feitios, foram corridos à vassourada da planície, e por sorte, ou por falta dela – dependendo do ponto de vista – poucos lhes deram guarida. Contudo o Homem sofre de algo horrível, que O mesmo tenta ocultar, chama-lhes defeitos, ou feitios, eu gosto mais de lhes chamar defeitios (deriva do vocábulo deformação e feitio). A inveja (vulgo dor de corno) é um deles. Pecado capital até.
É muito feio ter inveja meus senhores e mais feio ainda é deixar que ela nos ofusque. Quando, em conjunto com este facto, nos deixamos conduzir pela falta de conhecimento caminhamos em terreno pouco seguro, ficando sujeitos a cometer erros, a perder a razão, a arranjar inimizades através de acusações graves proferidas sob pretexto de uma fabricada irreverência desmedida, a cruzar situações correndo o risco de cometer injustiças sem que exista sequer relação entre visados e a uma lista infindável de consequências que daí podem advir.
Finalizo por isso esta minha dissertação com um pensamento que me martela a cabeça e que faço questão de partilhar convosco e que quanto a mim resume tudo o que tenho aqui tentado explanar. É muito triste ter, naquilo que dizemos, menos olhos que barriga!

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