quinta-feira, março 25, 2004

“Se fossem familiares certamente não falavam assim!”

É curioso como, por vezes, falam de nós pelas costas e nós estamos mesmo à frente a ouvir! Foi o que aconteceu no concerto dos Toranja enquanto estava bem sentado na bancada e ouvia uma conversa sobre a noite de tunas, na segunda-feira. Para que se entenda do que estou a falar é mesmo melhor começar pelo início: Na noite de tunas, como tinha referido em um dos posts anteriores, a Ma’ESTIG’ama Tuna actuou e na apresentação da tuna, antes de tocarmos uma música que se chama Capas Negras, achou-se por bem dedicá-la a todas as vítimas da guerra (Iraque em especial por estar tão presente) e a todas as vítimas dos atentados, nomeadamente o de Madrid, pedindo para todas as vítimas uma salva de palmas representando simbolicamente todos os sentimentos que sentimos em relação ao terrorismo, pois afinal, e como foi referido aliás nessa noite, “qualquer um de nós poderia ter sido vitima ou vitimado”. O público entendeu e respondeu com palmas que não foram certamente para a tuna.
Durante o concerto dos Toranja, e como referia no início deste post, alguém comentava que “falar nas vítimas e pedir uma salva de palmas nada tinha a ver com uma noite de tunas”!!! Mas o que é que “tem a ver com uma noite de tunas”? Bebedeiras? Inconsciência? Engates? Parvoíces? Será que os elementos das tunas, estudantes do ensino superior não se devem preocupar com questões tão actuais e humanas como as que aqui estão em causa? Ou será que existe uma formula mágica para apresentar uma tuna? É que se existe por favor digam-me pois gostava de não cometer este género de erros nas próximas apresentações da tuna da qual faço parte integrante!

P.S.: Gostaria que este post em especial fosse comentado por quem por este blog viaja.

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